Freguesia

    Situada na Ilha Terceira, no Arquipélago dos Açores, a freguesia de Serreta pertence ao concelho de Angra do Heroísmo, distando cerca de 20 quilómetros da sede concelhia. A freguesia tem por orago Nossa Senhora dos Milagres.

    Serreta está situada no extremo Ocidental da Ilha Terceira que tomou este nome por ter sido a terceira ilha a ser descoberta(1450), usando inicialmente a denominação de "Ilha de Jesus Cristo".

    O seu topónimo, "Serreta", é de origem óbvia e está relacionado com a posição geográfica que ocupa na Ilha Terceira. De grande beleza natural, esta pequena serra u serreta, já foi apelidada a "Sintra de Terceira".

    Na questão da evolução do processo de povoamente das ilhas dos Açores, no século XV, viveu-se uma primeira fase que esteve subordinada às necessidades de portagem e fixação imediatas, junto ao litoral, escolhendo-se as pequenas enseadas naturais que permitissem uma fácil acostagem às pequenas embarcações então utilizadas, correspondendo nesta ilha, aPorto Judeu. Povoada no século XVI, um sacerdote penitente retirou-se para a freguesia de Serreta, construindo aqui uma tosca ermida para a imagem de Virgem. Depois da sua morte e por ordem do prelado, a imagem recolheu à matriz de Doze Ribeiras, onde teve logo grande romaria de devotos, que lhe atribuíram fama de milagreira. Em 1764, foi fundada na freguesia a Irmandade dos Escravos de Nossa Semjpra, que tebe como um dos primeiros objectivos a reedificação da antiga ermida da Virgem, embora o feito não fosse cumprido tão rapidamente como esperavam. Mais tarde, em 1819 foi promovida a fundação da Igreja de Serreta, depois concluída em 1842; nesta data, a imagem da Virgem voltou à freguesia. A elevação de Serreta a freguesia, deu-se em 1862, data em que se desmembrou de Doze Ribeiras e que começou a ser construído o Império d'O Divino Espírito Santo.

    Em Serra existem diversas fontes de água mineral, merecendo uma delas maior destaque pelas suas propriedades medicinais; foi descoberta em 1855 e logo nessa altura começou a ser estudada por especialistas, entre os quais, José Augusto Nogueira Sampaio, que chegou à conclusão que estas águas eram ácidas carbónicas.

    Ressaltam no património cultural e edificado da freguesia: a Igtrja Matriz, o Império d'O Divino Espírito Santo, o chafariz, o casari típico e o farol, situado na ponta do Queimado e inaugurado, segundo estudo do engenheiro Schultz Xavier.